À conversa com a rapaziada da caça
Deviam de ser umas 19 horas quando nos começámos a juntar à volta do grelhador. De véspera, alguém me havia convidado para um lanche de fim de tarde. O repasto seria de acordo com a caçaria. Quando lá cheguei, vi em cima das brasas algo que consegui identificar como coelhos. Mais tarde, confirmei com os caçadores. Eram três coelhos, uma perdiz e quatro tordos.
Estranhamente, para mim, a conversa girou à volta de um tema, aparentemente recorrente: cães de caça.
Ao fim de 34 anos fiquei a saber que um cão de caça pode chegar aos mil euros.
Regra geral, são vendidos fora dos circuitos normais de venda de animais de companhia.
Muito dificilmente mantém o mesmo dono durante a sua vida. Curta vida, quando por azar são confundidos com peças de caça. Quando a sorte os persegue e se mantém vivos ao longo de várias épocas, é sinal que são bons cães de caça. Nesses casos, das duas uma: (i) ou são trancados -literalmente- a sete chaves, ou (ii) são “confiscados” pelos amigos do alheio e vendidos, muitas vezes ao vizinho do lado, raramente por preço inferior ao da transacção anterior.
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