Saúde Ambiental. Salud Ambiental. Environmental Health. Santé Environnementale.
Para que se saiba mais sobre Saúde Ambiental, Saúde Pública, Segurança Alimentar, Segurança e Higiene do Trabalho, Educação Ambiental. Para que se saiba mais sobre nós, Técnicos de Saúde Ambiental.
Todas as opiniões aqui expressas são da exclusiva responsabilidade dos seus autores.
AGORA ESTAMOS AQUI

terça-feira, 1 de julho de 2008

All at Once Community no concerto de Jack Johnson

Fantástico!
Só me resta dizer… FANTÁSTICO!...
Assim foi o concerto de Jack Johnson no passado dia 26 de Junho, em Lisboa.
O espectáculo, propriamente dito, começou com Mason Jennings e G. Love & Special Sauce, que tiveram a seu cargo a primeira parte do concerto.
Jack Johnson entrou em palco já perto das 22 horas com o tema Hope do álbum Sleep Through The Static.

aqui tinha feito referência às suas preocupações ambientais e isso voltou a ser notório no concerto. Além das mensagens que sistematicamente iam passando nos ecrãs colocados no palco e que momentos antes do início do concerto mostraram algumas actividades desenvolvidas pela Liga para Protecção da Natureza (LPN), Associação Nacional de conservação da Natureza (Quercus) e Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente (GEOTA), havia também, na plateia do Pavilhão Atlântico a tenda “Village Green” da All at Once Community onde, através do passaporte, se evidenciavam os actos desenvolvidos por cada um, tendentes à preservação do meio ambiente.

All at Once Community
Uma acção individual, multiplicada por milhões, gera mudança global.
Torna-te participativo na tua comunidade.
As acções simples produzem um impacto enorme.
Usa a tua voz para ajudar a construir uma política sustentável.
Escolhe o ambiente sempre que gastares dinheiro.

Como nota final, deixo uma mensagem ao meu colega e amigo Jörg do Glatteis. – Companheiro, o abraço enviado por SMS foi entregue.

Seminário "A Importância da Água"

A pedido, promovo aqui a divulgação do Seminário "A Importância da Água" (ver programa), que terá lugar no próximo dia 4 de Julho de 2008 no Auditório Municipal de Penela.
Do programa fazem parte as seguintes comunicações:
  • O Papel das Câmaras Municipais no Tratamento das Águas para Consumo Humano;
  • Análise Química da Água;
  • Análise do Decreto-lei n.º 306/2007 relativo ao regime da qualidade da água destinada ao consumo humano;
  • Aquecimento Global – Uma Realidade Presente; e
  • Hidroworld – Uma Gestão de Sucesso.
Os eventuais interessados deverão efectuar a sua inscrição até ao dia 2 de Julho (amanhã).

Lembrando "o meu botão de Rosa"

Fez ontem três anos que a Rosa murchou.
São frequentes os momentos em que me lembro de ti.
Fico triste. Fico triste porque me fazes falta.

Aquele botãozinho que agora floresce trouxe-me à memória uma frase esbatida...
Hoje é o primeiro dia do resto das nossas vidas...

Há que aproveitá-lo. O de hoje e todos os outros que se lhe seguirão.
Encaremo-lo como se fosse o nosso último dia, vivendo-o intensamente. Desfrutando-o.
Colocando um pouco de nós em tudo aquilo que fazemos.
O Mundo está cheio de coisas más demais para que percamos tempo com elas. Gastemos as nossas energias no que nos dá prazer: na familia, nos amigos...
Rosa, o botãozinho que plantaste no meu coração continua a florescer.

Relatório de Primavera 2008

Teve lugar, na manhã de hoje, dia 1 de Julho de 2008, pelas 11:00 horas, no Auditório da Escola Superior de Tecnologia da Saúde em Lisboa, a sessão de apresentação do Relatório de Primavera 2008, do Observatório Português dos Sistemas de Saúde, que este ano mereceu o nome de "Sistema de Saúde Português: Riscos e Incertezas” e de onde retiro uma passagem para reflexão, que pode ser lida no ponto 5. Os agrupamentos de centros de saúde.

«(...) antevê-se para esta unidade [Unidade de Cuidados na Comunidade] a exigência de respostas globais, integradas, articuladas e de grande complexidade, pelo que se recomenda a maior atenção na sua concepção e implementação,dotando-a do modelo organizacional, de recursos humanos e materiais compatíveis com os novos desafios que se colocam aos cuidados de saúde primários no âmbito da intervenção comunitária e das respostas de proximidade aos cidadãos, que se pretendem cada vez mais perto dos locais onde vivem e trabalham. O mesmo é exigível, também, para a Unidade de Saúde Pública (USP) pelo seu desígnio fundamental ao nível do planeamento em saúde para a área geodemografica.»

Para os eventuais interessados pela leitura dos relatórios anteriores, cliquem aqui.

EHS Portugal lança "OPA" ao Saúde Ambiental…

Hoje, no dia do primeiro aniversário da EHS Portugal: Environment, Health and Safety Portugal – Higiene, Segurança, Ambiente e HACCP, dou-vos a conhecer uma iniciativa daquele projecto, que decorreu ao longo do último mês.
Refiro-me a uma “OPA” nada hostil, lançada sobre o blogue Saúde Ambiental… (Saúde Ambiental. Salud Ambiental. Environmental Health. Santé Environnementale.).
Reconheço que a oferta era realmente aliciante – como tudo o que tem vindo a ser promovido pela EHS Portugal – contudo, iria implicar uma disponibilidade para colaborar com o projecto, que, garantidamente deixarei de ter.
Foi esta a principal justificação que me levou a recusar a oferta por eles apresentada, mas que não podia, com a devida autorização dos seus promotores, deixar de aqui evidenciar e que só vem reconhecer o trabalho meritório que se tem vindo a desenvolver na divulgação da Saúde Ambiental e dos técnicos que somos.

À EHS Portugal os meus parabéns, tanto pelo trabalho desenvolvido como pelo seu primeiro aniversário e o desejo de felicidades para o projecto que ora se inicia sob a insígnia da EHS Brasil.

A partir de hoje, a EHS Portugal passará a constar na lista de “ligações frequentes”.

A doença de Batten e as acessibilidades, algures em Braga

Foi por mensagem de correio electrónico, oriunda de um serviço de Saúde Pública (não necessariamente de um Técnico de Saúde Ambiental), algures no distrito de Braga, que recebi um texto do qual vos apresento um excerto, respeitante aos problemas de acessibilidade que o João enfrenta, ele que sofre da doença de Batten.

«Decidi colocar no YouTube um vídeo demonstrativo de um problema com que me deparo há já alguns anos no meu prédio, a ausência de uma rampa de acessibilidade.

Contactei as instituições competentes (Secretariado de Reabilitação, Primeiro-Ministro, Presidente da República, etc.), inclusivamente os meios de comunicação social que o divulgaram, porém, o problema mantém-se, mesmo após a Câmara Municipal de Braga ter notificado o condomínio do prédio, em 2005, para que num prazo de 10 dias construíssem a rampa exigida por lei.

Saturada de promessas atrás de promessas, constantemente "sem vislumbrar uma luz no fundo do túnel" e cansada de ouvir respostas como: "A rampa vai ser um mamarracho" e "Aqui a lei não entra", resolvi tornar público este problema, para mostrar como a observância da lei não é para todos e, como, por exemplo, razões puramente estéticas (apontadas pelas pessoas que se colocam contra a construção da rampa) podem afectar a vida das pessoas, independentemente da injustiça e da falta de bom senso que isso possa representar.

Este é o vídeo onde poderá ver o prédio e o que significa quando o meu filho João, portador da doença de Batten, necessita de se deslocar à clínica (no prédio ao lado) para uma consulta ou exame.
Grata pela atenção»
Assinou a mãe do João.

A mensagem era igualmente acompanhada por uma hiperligação para um outro vídeo, este sobre a doença de Batten, e que aqui vos deixo.

Por fim, enquanto cidadãos, apelo-vos que divulguem esta "história" e, enquanto Técnicos de Saúde (sejam Técnicos de Saúde Ambiental, Médicos de Saúde Pública, Engenheiros Sanitaristas, etc.), sugiro-vos a leitura (mais uma vez) do Decreto-Lei n.º 163/2006, de 8 de Agosto, que aprova o regime da acessibilidade aos edifícios e estabelecimentos que recebem público, via pública e edifícios habitacionais, revogando o Decreto-Lei n.º 123/97, de 22 de Maio.

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Concurso interno de acesso geral para um lugar de Técnico de Saúde Ambiental principal no Centro de Saúde do Nordeste (Açores)

Para os eventuais interessados que queiram ir trabalhar para São Miguel e que cumpram os respectivos requisitos, sugere-se a leitura do Aviso n.º 40/2008/A, que promove a abertura de concurso interno de acesso geral para um lugar de técnico de saúde ambiental principal para o Centro de Saúde do Nordeste (telefone: 296480090), na Ilha de São Miguel, na Região Autónoma dos Açores.

Concurso interno geral para provimento de 35 lugares de inspector-adjunto da ASAE

Foi publicado hoje o Aviso n.º 18973/2008 que promove a abertura de concurso interno geral da Administração Pública, para admissão a estágio de ingresso na carreira de inspecção, tendo em vista o preenchimento de 35 lugares vagos e mais 5 vagas que vierem a ocorrer no prazo de um ano, de inspector -adjunto, no quadro de pessoal da extinta Inspecção Geral das Actividades Económicas, actual Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE).

Os requisitos de admissão ao concurso são:

REQUISITOS GERAIS
a) Ser funcionário ou agente da Administração Pública;
b) Ter nacionalidade portuguesa, salvo nos casos exceptuados por lei especial ou convenção internacional;
c) Possuir as habilitações literárias legalmente exigidas para o desempenho do cargo;
d) Ter cumprido os deveres militares obrigatórios ou de serviço cívico, quando obrigatório;
e) Não estar inibido do exercício de funções públicas ou interdito para o exercício das funções a que se candidata;
f) Possuir a robustez física e o perfil psíquico indispensáveis para o exercício da função e ter cumprido as leis de vacinação obrigatória.

REQUISITOS ESPECIAIS
a) 12.º ano de escolaridade ou equivalente (habilitação completa);
b) Carta de condução de veículos ligeiros;
c) Idade não superior a 50 anos.

sábado, 28 de junho de 2008

Cursos da área das Tecnologias da Saúde mantêm-se com quatro anos. Será?

A Comissão de Acompanhamento do Processo de Bolonha (CAPB), após reunião extraordinária, e a pedido do Sr. Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, emitiu um parecer sobre o processo de adequação dos cursos da área das Tecnologias da Saúde, onde se inclui o curso de Saúde Ambiental, que evidencia que "a formação nesses cursos deverá ser fixada entre 180 e 240 créditos ECTS, sendo que os créditos acima de 180 terão necessariamente que corresponder a estágio profissional, que poderá ser realizado faseadamente ao longo do plano curricular, conforme o entendimento e interesse das instituições."

Podemos então depreender que teremos cursos de quatro anos adaptados ao processo de Bolonha.

Esta é uma informação relevante mas que deverá ser acompanhada pela leitura, na integra, do parecer da CAPB.

Sugiro ainda a leitura do Decreto-Lei n.º 107/2008, de 25 de Junho, que altera os Decretos-Leis n.os 74/2006, de 24 de Março, 316/76, de 29 de Abril, 42/2005, de 22 de Fevereiro, e 67/2005, de 15 de Março, promovendo o aprofundamento do Processo de Bolonha no ensino superior, assim como uma maior simplificação e desburocratização de procedimentos no âmbito da autorização de funcionamento de cursos, introduzindo medidas que garantem maior flexibilidade no acesso à formação superior, criando o regime legal de estudante a tempo parcial, permitindo a frequência de disciplinas avulsas por estudantes e não estudantes, apoiando os diplomados estagiários e simplificando o processo de comprovação da titularidade dos graus e diplomas.

Atenção!... Aquilo que por vezes nos pode parecer altamente benéfico, pode, na verdade, ser profundamente prejudicial.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

A Saúde Ambiental esteve a um passo dos Jogos Olímpicos de Pequim

A Saúde Ambiental esteve a um passo dos Jogos Olímpicos de Pequim 2008 (Beijing) pelas mãos de Telma Santos, estudante de Saúde Ambiental na Escola Superior de Tecnologia de Saúde de Lisboa.
Telma Santos, já por sete vezes campeã nacional de singulares senhoras em badminton, tem representado Portugal em diversos Campeonatos da Europa e do Mundo, mas falhou o apuramento para Pequim.
Ficará para a próxima.

Em entrevista publicada por Fernando Gouveia n'O BADMINTONISTA - Boletim Informativo, à pergunta: "- A caminho de uma licenciatura em Saúde Ambiental como é a conciliação estudo/badminton?", Telma responde...

«É muito complicado quando se é atleta de alta competição e se está a lutar por algo muito importante. Pelo menos no meu caso que tive de empenhar por uma qualificação Olímpica foi impossível conciliar as duas coisas e tive mesmo de parar de estudar dois anos. Mas também depende das pessoas, umas conseguem e outras não. E depende também das condições que dão aos atletas, em muitos países são arranjadas soluções para que possam estudar e jogar. Alguns jogadores Top na Dinamarca são médicos, fisioterapeutas e nunca pararam de estudar mesmo viajando, pelo mundo fora.»

À futura colega, os parabéns e o desejo de muito sucesso desportivo e profissional.

------------------------------
Nota: imagem recolhida no blogue MasterBad - Le BADMINTON en Belgique.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Jack Johnson e as preocupações ambientais

É hoje que irei usufruir da minha prendinha do Dia de São Valentim!... Jack Johnson ao vivo no Pavilhão Atlântico. Daqui a duas horas lá estarei.

Entretanto, sabiam que por apenas mais 0,50€ por bilhete poderiam compensar as emissões de carbono emitidas pelo vosso carro na viagem para o concerto do Jack Johnson e reduzir a vossa pegada ambiental?

O valor das doações será utilizado para comprar fogões e fornos solares destinados a comunidades africanas (cada fogão ou forno poupa cerca de 3,4 toneladas de dióxido de carbono por ano, reduzindo a necessidade de queimar madeira e lixo) e evitar a desflorestação, permitindo assim a protecção de grandes áreas verdes.

Sobre a estratégia de Jack Johnson para a compensação de carbono:
A tournée de Jack Johnson compensará as emissões de CO2 através da contribuição de 65% do valor angariado para o apoio a projectos de energias renováveis (energia eólica e solar), sendo os restantes 35% aplicados em programas de prevenção à desflorestação.

Mais informações sobre os parceiros da campanha de compensação de CO2:
CO2Balance

Para mais informações visitem All at Once Community.
Deslumbrem-se!

Saúde Ambiental... para mudar de vida

Há coisas engraçadas que por aqui vão acontecendo e que, regra geral, nem vos passa pela cabeça.
Hoje dou-vos a conhecer uma dessas situações.
Refiro-me a uma visitante oriundo do Brasil que nos encontrou, muito provavelmente, numa fase desesperada de sua vida, recorrendo à pesquisa do motor de busca do Google.
Os termos que utilizou para nos encontrar foram "COMO FAZER REZA PARA A VIDA MUDAR".
Não sei se o conseguimos ajudar, mas ele, o internauta, ajudou-nos a contrair os músculos faciais e a expressar um sorriso.
Só por isso, muito obrigado.

A legionela politicalizada

«A bactéria da Legionella voltou à baila. Desta feita foi o vereador do PS [da Câmara Municipal da Póvoa do Varzim], Sousa Lima, quem levantou a possibilidade da bactéria continuar nas instalações da Varzim Lazer.
A delegada de saúde diz que a Legionella não se transmite pelo ar e que a suspeita é infundada.
Sousa Lima tem que provar o que afirmou ou então leva com um processo judicial, como referiu Macedo Vieira [presidente da Câmara da Póvoa de Varzim].
Tratando-se de um caso de saúde pública, Sousa Lima deve dar explicações aos poveiros.»

Esta é uma notícia avançada hoje pelo Jornal "A Voz da Póvoa" e que retoma uma situação vivida no início do ano, evidenciada pelo "Póvoa Semanário" e que dava conta de que "o jacuzzi da Varzim Lazer esteve interditado à utilização pública entre 22 de Janeiro e 18 de Fevereiro. Uma análise realizada pela Delegação de Saúde da Póvoa de Varzim às águas desse espaço detectou a presença de Legionella Pneumophila – bactéria responsável por 1/3 das mais graves formas de pneumonia.

Entretanto pergunto: – Se "a legionella não se transmite pelo ar", afinal como é que se transmite? Será que o risco de contrair a doença está na ingestão da água? Se sim, em vez de uma pneumonia atípica, não deveriamos falar de uma eventual infecção de origem alimentar?

Admito que esta frase tenha sido "colada" na notícia de forma descontextualizada, pelo que julgo dever ser merecedora de reparo, mas não serei eu, com certeza, a fazê-lo!

------------------------------
Nota: parêntesis, negritos e itálicos meus.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

A Saúde Ambiental na Wikipédia

A Wikipédia é uma enciclopédia livre, escrita em colaboração pelos seus leitores e que contém uma vasta quantidade de informação sobre os mais variados assuntos, se não todos, e a Saúde Ambiental já lá está.
O artigo alusivo à Saúde Ambiental faz, basicamente, alusão ao conteúdo do Decreto-Lei n.º 117/95 de 30 de Maio, que cria a área profissional de técnico de higiene e saúde ambiental e define o respectivo conteúdo funcional.
É, certamente, uma forma de divulgação da nossa área profissional, mas cujo conteúdo é passível de vir a ser melhorado, com a inclusão de mais informação que venha a promover o que somos e o que fazemos.
Esta é uma ideia já abordada no Fórum das Tecnologias da Saúde Online no tópico TDT na Wikipédia e que eu aqui retomo.
Porque qualquer pessoa pode alterar, de imediato, qualquer artigo, fazendo uso da ferramenta Wiki, sugiro a todos os Técnicos de Saúde Ambiental que colaborem na melhoria do artigo a que já aludi.

terça-feira, 24 de junho de 2008

A Saúde Ambiental aos olhos de uma médica interna do ano comum

Hoje, à semelhança do que acontece em muitos outros dias ao longo do ano, fui acompanhado por uma médica interna do ano comum.
A actividade da manhã de hoje estava inserida na vertente analítica do programa de vigilância da qualidade da água de utilização recreativa, o que nos fez visitar algumas das piscinas existentes no concelho.
Regra geral, tento promover a Saúde Pública como uma especialidade médica que deveria ser tida em consideração como primeira opção de escolha. Regra geral, não o consigo fazer.
A Saúde Pública é-lhes pouco grata, porque pouco grata também a é para os curricula de medicina. Todos se queixam do mesmo. Todos se queixam que só têm a percepção daquilo que é a Saúde Pública aquando do primeiro contacto com a realidade, muitas vezes já no internato.
Ainda assim, sou persistente neste papel ingrato de tornar a Saúde Pública apelativa para os médicos que por aqui passam. Se dizem que esta especialidade médica está em vias de extinção – e eu subscrevo –, não serei eu o acusado de nada fazer para inverter esta situação.
Ao longo do caminho para a primeira piscina, onde iríamos realizar as primeiras colheitas de amostras, fui abordando alguns conceitos teóricos, preparatórios para a actividade que se seguiria, enfatizando o papel do Técnico de Saúde Ambiental e, de alguma forma, o do Médico de Saúde Pública.
A meio da manhã, o assunto acabou, finalmente, por vir ao de cima.
– Então diga-me… já pensou na especialidade que irá escolher? Perguntei eu.
De lá veio a resposta mais improvável. – Sim, vou escolher Saúde Pública.

Confesso que se não fossemos no carro, teria dado ali e naquele momento, uma série de mortais encarpados à retaguarda, logo seguidos de um ou dois flick-flacks, tal era o meu contentamento.
Mas as surpresas não ficaram por ali. Logo de seguida continuou dizendo: – Mas as actividades dos Técnicos de Saúde Ambiental são muito mais interessantes que as dos Médicos de Saúde Pública. Não sei se escolhi bem.
Acenei com a cabeça, à laia de consentimento.

Naquela altura pensei seriamente se, afinal, não teria que voltar a tentar fazer-lhe ver que a Saúde Pública é que era de facto a especialidade a considerar.
Não! Não foi preciso.