Polícia Marítima proibiu banhos na praia da Lagoa
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Póvoa de Varzim Banhistas não estavam informados.
A interdição aos banhos na praia da Lagoa, Póvoa de Varzim, decretada anteontem, apanhou de surpresa muitos banhistas que ontem para lá se deslocaram. A Polícia Marítima marcou presença para, sobretudo, prevenir utentes.
Mesmo após ser noticiado que a água da praia da Lagoa estava interdita a banhos, devido à presença de salmonelas, foram muitos aqueles que afluíram ao areal, empenhados em aproveitar da melhor forma a tarde de sol. Foi com surpresa que a multidão ficou a saber da proibição de se banharem naquela água, factor que incomodou alguns. Foi o caso de Tiago Lima, "poveiro de gema" como gosta de se identificar, que lembra que sempre foi para a água e nunca adoeceu por isso: "Acho que isto está mal, porque faço praia desde que me lembro e é assim: aos poveiros não acontece nada. Temos no sangue algo que não nos deixa acontecer nada de mal. E eu sempre fui à água, mesmo com a bandeira vermelha e nunca fiquei doente". Para este jovem é ainda incompreensível o facto de só a água da praia da Lagoa estar interdita a banhos, quando a das vizinhas não o estão: "Não entendo também porque aqui não podemos tomar banho e mais para a frente ser possível ir à água. Não entendo", afirma.
Opinião idêntica tem Júlio Rodrigues, que vai ainda mais longe: "Parece que a interdição está muito restrita. Não sei se, com as correntes marítimas, as águas não estarão também já poluídas para o lado poente da praia".
Para este banhista, existe também muito pouca informação na praia, devendo as autoridades colocar "editais na praia para avisar, todos, das consequências que poderão advir da entrada na água do mar."
Dado a evidente falta de informação dos utentes da praia, foi chamada a Polícia Marítima ao local, numa atitude "preventiva". Quem o diz é Sérgio Ferreira, nadador-salvador, que tem também a função de "consciencializar as pessoas" do perigo resultante da entrada na água: "Foi detectada a bactéria da salmonela nestas águas. Ontem, foi afixada a bandeira vermelha para interdição das águas desta praia e hoje estamos cá para informar os banhistas, para se salvaguardarem desta situação. A Polícia Marítima está cá apenas para o caso de haver alguém que não acate as instruções. Nesses casos, eles têm que intervir, já que têm um tipo de autoridade que não temos".
Sérgio Ferreira afirmou ainda que "para já, as pessoas têm entendido a situação e cumprem com as indicações que são dadas".
Em relação à data do levantamento da interdição não existem certezas, adiantando o socorrista que fará este tipo de acção "até novas instruções".
In JN
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